sábado, 15 de dezembro de 2012

O Convertido


THE CONVERT

G.K. Chesterton

Tradução de Anália Carmo e António Campos



No momento em que inclinei a cabeça
O mundo inteiro rodou e ficou direito,
Eu saí, para a velha estrada cintilante,
Andei pelos caminhos e ouvi o que os homens diziam,
Florestas de línguas, como folhas de outono caídas,
Não diria não cativante, mas estranho e leve;
Enigmas antigos, novos credos, não separados, ligados
Veladamente, como os homens desdenham os mortos.

Os sábios têm uma centena de mapas para dar
Que traçam o seu universo rastejante como uma árvore,
Eles peneiram a razão por um crivo estreito
Que retém a areia e perde o ouro:
E todas essas coisas são para mim menos que o pó
Porque o meu nome é Lázaro e eu vivo.



After one moment when I bowed my head

 And the whole world turned over and came upright,

 And I came out where the old road shone white,

 I walked the ways and heard what all men said,

 Forests of tongues, like autumn leaves unshed,

 Being not unlovable but strange and light;

 Old riddles and new creeds, not in despite

 But softly, as men smile about the dead.


The sages have a hundred maps to give

 That trace their crawling cosmos like a tree,

 They rattle reason out through many a sieve

 That stores the sand and lets the gold go free:

 And all these things are less than dust to me

 Because my name is Lazarus and I live.


        --G. K. Chesterton (The Convert, 1922, ano da sua conversão à Igreja Católica)



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